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Reforma Trabalhista passa na CCJ do Senado, mas governo Temer se desmoraliza. Resposta será dada com greve geral nesta sexta

Passava das 23 horas desta quarta-feira (28), quando a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) da Reforma Trabalhista por 16 votos a favor, 9 votos contra e uma abstenção.

O senador Paulo Paim (PT-RS) votou contra a reforma e ainda apresentou voto em separado contrário ao projeto que tira direitos históricos da classe trabalhadora. Já o senador Lasier Martins (PSD-RS) foi o que ficou em cima do muro e se absteve.

Após mais de 24 horas de sessão, a difícil aprovação do relatório sobre o PLC 38/2017 indica o tamanho da batalha no plenário do Senado, na votação da Reforma Trabalhista prevista para 5 ou 12 de julho, antes do recesso.

Paulo Paim conclamou a população a fazer “um grito silencioso do Brasil contra as reformas nesta sexta-feira, dia 30, numa grande mobilização”.

Os senadores e as senadoras da oposição passaram o dia ao microfone, primeiro lendo os votos em separado e depois fazendo uso de todas as intervenções permitidas pelo regimento, sempre denunciando os diversos absurdos presentes na tramitação dessa alteração da legislação trabalhista.

Dentre os temas em debate estiveram as diversas inconstitucionalidades do projeto e o fato de que o governo impôs a sua base no Senado a obrigação de aprovar a Reforma Trabalhista tal como foi aprovada na Câmara dos Deputados, sem nenhuma alteração..

Diante da reação constrangida da base do governo golpista, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) comentou: “A vergonha é tão grande que os governistas nem tem coragem de comemorar”.

A reunião da CCJ se encerrou às 23h55, após a votação dos destaques (todos derrubados pelo governo), em meio a uma grande confusão.

Para garantir o regime de urgência na tramitação da reforma, permitindo o envio imediato do texto para o plenário, o presidente da Comissão, senador Edison Lobão (PMDB), fez uma votação pro forma, pronunciando a frase: “os que forem a favor permaneçam como estão”. Com isso, considerou a urgência aprovada e encerrou a sessão, sob os protestos da oposição.

VEJA COMO VOTARAM OS SENADORES DA CCJ

Votos SIM:

Jader Barbalho (PMDB/PA)
Romero Jucá (PMDB/RR)
Simone Tebet  (PMDB/RS)
Valdir Raupp (PMDB/RO)
Marta Suplicy  (PMDB/SP)
Paulo Bauer (PSDB/SC)
Antônio Anastasia (PSDB/MG)
Ricardo Ferraço (PSDB/ES)
José Serra (PSDB/SP)
Maria do Carmo (DEM/SE)
Benedito de Lira (PP/AL)
Wilder Morais  (PP/GO)
Roberto Rocha (PSB/MA)
Armando Monteiro (PTB/PE)
Eduardo Lopes (PRB/RJ)
Cidinho Santos (PR/MT)

• Votos NÃO

Eduardo Braga (PMDB/AM)
Jorge Viana (PT/AC)
José Pimentel (PT/CE)
Fátima Bezerra (PT/RN)
Gleisi Hoffmann  (PT/PR)
Paulo Paim (PT/RS)
Ângela Portela  (PDT/RR)
Antônio Carlos Valadares  (PSB/SE)
Randolfe Rodrigues (REDE/AP)

• Abstenção

Lasier Martins (PSD/RS)

Fonte: CUT/RS