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CUT-RS e centrais protestam contra reformas da Previdência e trabalhista no Aeroporto de Porto Alegre

 

Aeroporto Geral

A CUT-RS, federações e sindicatos filiados amanheceram nesta terça-feira (18) protestando contra as reformas da Previdência (PEC 287/16) e trabalhista (PL 6787/16) e a terceirização irrestrita no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Desde as 5h, houve corpo a corpo com deputados federais gaúchos que embarcaram para Brasília e distribuição do segundo jornal especial da CUT-RS contra as reformas de Temer para passageiros e trabalhadores das empresas aéreas.

Confira aqui o jornal especial da CUT-RS.

Aeroporto Motta

Estiveram presentes entidades sindicais de várias categorias, como aeroviários, professores, bancários, rodoviários, municipários, servidores públicos e trabalhadores da Saúde, dentre outros. Também compareceram sindicatos filiados a outras centrais.

Entre os deputados que embarcaram para Brasília estavam Henrique Fontana (PT), Afonso Motta (PDT), Assis Melo (PCdoB) e Elvino Bohn Gass (PT). Eles pararam para dialogar com os dirigentes sindicais e se manifestaram contra as reformas do governo que retiraram direitos da classe trabalhadora.

Aeroporto Henrique

Querem votar a reforma trabalhista na comissão especial

O secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr, afirmou que um dos objetivos da mobilização era cobrar para que os deputados da comissão especial do PL 6787/16 votem contra o parecer do relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que prevê o negociado sobre o legislado, o trabalho intermitente e a terceirização irrestrita, rasgando direitos hoje garantidos na CLT.

“As elites querem a precarização do trabalho, mas não aceitamos a volta da escravidão”, avisou o dirigente sindical.”O Brasil tem que andar para frente, resgatar a democracia com eleições diretas e não retornar ao passado”, defendeu.

Aeroporto Ademir

O relatório de Marinho, apresentado na última quarta-feira (12), ficou muito pior do o que projeto original de Temer, que já era ruim, segundo avaliação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

O texto pode ser votado nesta terça ou quarta-feira, dias 18 e 19, mesmo com vários integrantes citados nas delações da Odebrecht e incluídos na lista do ministro Facchin do STF para investigações por denúncias de corrupção. Para a CUT, deputados suspeitos não têm moral para destruir direitos dos trabalhadores.

Há três deputados gaúchos apoiadores do governo Temer que são titulares na comissão: Jerônimo Goergen (PP), Jones Martins (PMDB) e Mauro Pereira (PMDB). E há dois suplentes: Alceu Moreira (PMDB) e Covatti Filho (PP).

deputadosok

O deputado Assis Melo é também suplente da comissão, mas integra a bancada da oposição ao governo Temer.

Aeroporto Assis

Relatório da reforma da Previdência pode ser apresentado nesta semana

Os dirigentes sindicais denunciaram também a reforma da Previdência, chamando a atenção de que se trata, na realidade, de uma antirreforma, pois representa o fim da aposentadoria para milhões de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, dos setores público e privado. O objetivo é facilitar a vida dos banqueiros, principais interessados na reforma da Previdência, na medida em que querem vender planos de previdência privada.

O relator da comissão especial da PEC 287/16, deputado Arthur Maia (PPS-BA), também citado nas delações da Odebrecht e integrante da lista de Facchin,, pretende apresentar o relatório nesta semana.

Aeroporto Geral1

Resistir e preparar a greve geral

Para o secretário-geral adjunto da CUT-RS, Amarildo Cenci, a sociedade precisa saber o que está em jogo. “As federações empresariais, financiadoras do golpe, estão cobrando a fatura dos parlamentares, exigindo a aprovação das reformas para tirar direitos dos trabalhadores e aumentar os seus lucros. Temos que resistir, acordar quem ainda não percebeu os reais interesses do golpe e preparar a greve geral de 28 de abril”, disse.

“Nada causa mais medo nos deputados do que a possibilidade de não se reelegerem e, por isso, estamos denunciando os parlamentares gaúchos da base aliada do Temer, para que não votem contra os direitos dos trabalhadores”, salientou Amarildo.

Aeroporto Amarildo

Fonte: CUT/RS